Não esqueci de te escrever, no terceiro ano.
Todos os anos, a 25 de Agosto, escrevo-te um texto, não para relembrar aquele miserável dia, mas para saberes que não é por passarem os anos que passam, que esquecerei de nós.
Este ano eu, simplesmente, não tive coragem de escrever. E há quem diga que as coisas melhoram. Mas hoje, neste dia em que para além de estar doente e tenho milhões de novidades para ti, vou escrever-te algo.
Nunca este mundo irá perceber o que a morte é de verdade, pois ele não nos reconhece. Ele perdura, nós não. Se ele soubesse a consequência das voltas que dá, ele nunca mais giraria.
Cada volta, cada dez voltas, cada cem voltas... são cem em que fico sem mais tempo contigo, cada vez menos.
Foram tantas, tantas voltas que ele deu e tantas que nós demos, sem querermos, sem repararmos que já eram demais. Foram mais de mil, foram tantas que tu já tinhas mais de setenta anos quando vi-te pela última vez. Eu tinha vinte e dois e sinto que, apesar de ter aproveitado, não aproveitei o tempo suficiente contigo. Sinto que haviam mais coisas guardadas para nós. Talvez outro mundo, que não esse que com este girar conta o tempo, o nosso tempo. Cronometra desde o primeiro segundo até o apito final. E lá vamos nós, perdidos por ganhar na batalha do tempo. Os que ficam deveriam estar felizes por não terem ganho, mas sentem-se como eu me sinto, com vontade de ter ido também.
Eu aqui deste lado, tu de outro lado qualquer. Será que este teu lado também gira? Conta o teu tempo, o tempo para voltares para mim? Nem tu me respondes, e isso não me descansa nada. Talvez se respondesses poderia descansar um pouco esta dor que guardo em mim.
E eu que pensei que ia melhorar, mas o mundo com tanta volta não apaga memórias, só nos dá mais.
Realmente eu pensei que ia melhorar, nem que fosse o facto de me conformar, porque de resto sabia que seria difícil. Eu muito pensei, mas poucas respostas tive.
Este mundo é que me faz pensar, que me faz querer pensar. Acho que quase nunca deixo de pensar em ti, mas quando o faço, pergunto-lhe: Quantas voltas ainda tens para mim?
Este ano eu, simplesmente, não tive coragem de escrever. E há quem diga que as coisas melhoram. Mas hoje, neste dia em que para além de estar doente e tenho milhões de novidades para ti, vou escrever-te algo.
Nunca este mundo irá perceber o que a morte é de verdade, pois ele não nos reconhece. Ele perdura, nós não. Se ele soubesse a consequência das voltas que dá, ele nunca mais giraria.
Cada volta, cada dez voltas, cada cem voltas... são cem em que fico sem mais tempo contigo, cada vez menos.
Foram tantas, tantas voltas que ele deu e tantas que nós demos, sem querermos, sem repararmos que já eram demais. Foram mais de mil, foram tantas que tu já tinhas mais de setenta anos quando vi-te pela última vez. Eu tinha vinte e dois e sinto que, apesar de ter aproveitado, não aproveitei o tempo suficiente contigo. Sinto que haviam mais coisas guardadas para nós. Talvez outro mundo, que não esse que com este girar conta o tempo, o nosso tempo. Cronometra desde o primeiro segundo até o apito final. E lá vamos nós, perdidos por ganhar na batalha do tempo. Os que ficam deveriam estar felizes por não terem ganho, mas sentem-se como eu me sinto, com vontade de ter ido também.
Eu aqui deste lado, tu de outro lado qualquer. Será que este teu lado também gira? Conta o teu tempo, o tempo para voltares para mim? Nem tu me respondes, e isso não me descansa nada. Talvez se respondesses poderia descansar um pouco esta dor que guardo em mim.
E eu que pensei que ia melhorar, mas o mundo com tanta volta não apaga memórias, só nos dá mais.
Realmente eu pensei que ia melhorar, nem que fosse o facto de me conformar, porque de resto sabia que seria difícil. Eu muito pensei, mas poucas respostas tive.
Este mundo é que me faz pensar, que me faz querer pensar. Acho que quase nunca deixo de pensar em ti, mas quando o faço, pergunto-lhe: Quantas voltas ainda tens para mim?
Por mais que queira esquecer o que foste para mim eu não consigo.
E cada vez que escrevo algo sobre ti
Derramo todo o meu sorriso
em lágrimas.
Amo-te avozinha.
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