Desabafo de 2 anos
Hoje faz dois anos que ela partiu, aquela mulher que sustentava, ainda, a minha infância e toda a crueldade que a inocência pode acatar. Sim, a inocência é cruel, trás uma crueldade consigo que não se suporta, quando se torna perceptível. Faz amar as pessoas sem pensar no futuro, sem pensar que o fim existe. É, é verdade, para além da inocência ser cruel, a vida não é eterna.
Mas talvez isto não interessa para este dia, visto que já fui amaldiçoada pela inocência, já está feito. Amei ela sem pensar que o melhor seria não amar ninguém para que tudo fosse mais fácil, menos impiedoso. Hoje o meu mundo está destroçado, mil pedaços são nada para aquele monte de peças minhas, aquelas peças que se encontram no chão de meu quarto, aonde tento montar a minha felicidade.
O que me resta é esperar que haja mais para além disto, desta vida, algo para além da morte. Algo eterno e que valha mesmo a pena. É tão desconfortável não saber nada sobre mim depois disto. Se soubesse de mim, saberia dela, e de todos os outros que minha inocência fez amar. Estou apenas a esperar para ver o que acontece. Isto se algo acontecer...
Este meu segundo desabafo é sobre ela, depois de mais um ano. Mais um ano... entristece-me dizer isto. Recordar das coisas como uma contagem de tempo que me leva para mais longe do momento em que ela ainda cá estava. Tenho saudades da voz, das mãos dela, das ideias dela, do amor dela, do toque dela, das birras dela, das piadas dela, da ironia dela, do grande coração dela, da alegria contagiante dela, do facto de ser super mimada, da delicadeza dela, da coragem dela, para resumir tenho saudades da existência dela.
Mesmo estando calada ela falava, mesmo estando sem nos ouvir ela se apercebia de tudo, mesmo sem saber ela sabia.
Avó esta mensagem é para ti, este amor que guardo no peito sempre foi teu e sempre será. Prometo-te que meu pensamento sempre terá lugar para ti, nem que seja por momentos. Estarás sempre nos melhores sítios de mim. Se me pedissem para voltar a ser inocente, eu seria.
Eras um anjo na terra, agora estás no teu sítio.
Amo-te tanto avozinha.
Mas talvez isto não interessa para este dia, visto que já fui amaldiçoada pela inocência, já está feito. Amei ela sem pensar que o melhor seria não amar ninguém para que tudo fosse mais fácil, menos impiedoso. Hoje o meu mundo está destroçado, mil pedaços são nada para aquele monte de peças minhas, aquelas peças que se encontram no chão de meu quarto, aonde tento montar a minha felicidade.
O que me resta é esperar que haja mais para além disto, desta vida, algo para além da morte. Algo eterno e que valha mesmo a pena. É tão desconfortável não saber nada sobre mim depois disto. Se soubesse de mim, saberia dela, e de todos os outros que minha inocência fez amar. Estou apenas a esperar para ver o que acontece. Isto se algo acontecer...
Este meu segundo desabafo é sobre ela, depois de mais um ano. Mais um ano... entristece-me dizer isto. Recordar das coisas como uma contagem de tempo que me leva para mais longe do momento em que ela ainda cá estava. Tenho saudades da voz, das mãos dela, das ideias dela, do amor dela, do toque dela, das birras dela, das piadas dela, da ironia dela, do grande coração dela, da alegria contagiante dela, do facto de ser super mimada, da delicadeza dela, da coragem dela, para resumir tenho saudades da existência dela.
Mesmo estando calada ela falava, mesmo estando sem nos ouvir ela se apercebia de tudo, mesmo sem saber ela sabia.
Avó esta mensagem é para ti, este amor que guardo no peito sempre foi teu e sempre será. Prometo-te que meu pensamento sempre terá lugar para ti, nem que seja por momentos. Estarás sempre nos melhores sítios de mim. Se me pedissem para voltar a ser inocente, eu seria.
Eras um anjo na terra, agora estás no teu sítio.
Amo-te tanto avozinha.
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